23.2.23

No aniversário do Hospital Regina, conheça Olívia Weber, uma das primeiras parteiras da Instituição

Aos 96 anos, a moradora de Novo Hamburgo conta histórias de seu trabalho ao lado de profissionais que fizeram história na região

Entre profissionais especializados, equipamentos de ponta e excelência em atendimento, o Hospital Regina orgulha-se de ter sido construído por pessoas que amam cuidar. Assim, quando completa em 24 de fevereiro, 93 anos de fundação, reconta um pouco de sua história através das pessoas que marcaram época neste ambiente hospitalar, como a parteira Olívia Weber, de 96 anos de idade.

 As mãozinhas enrugadas que já embalaram tantos bebês seguravam firme a foto de meados de 1940. Enquanto se via na foto tão jovem ao lado de Irmã Maria Cleófa von Bastian Brzezinski e da enfermeira Anna, Olívia parecia recriar um filme na memória. O olhar atento à imagem logo lhe rendeu muitos sorrisos ao se lembrar das histórias ao lado das companheiras de trabalho na Maternidade: dona Olívia foi uma das primeiras parteiras do Hospital Regina.

 Natural de Venâncio Aires, dona Olívia veio para Novo Hamburgo em 1943. Começou a trabalhar no Hospital Regina aos 17 anos, auxiliando o serviço na Cozinha. Mas a vocação era outra. “A Irmã Cleófa, que era da sala de cirurgia, veio um dia falar com a Irmã Afonsa, chefe da Cozinha, me olhando e eu de longe pensando: ‘será que é para eu ajudar lá em cima?’ Dito e feito, ela me chamou para ajudar na sala de parto um tempo. No dia que eu fiz 18 anos, ela me pediu de novo. Bateu nas minhas costas e falou: ‘minha filha, agora, tu é minha, tu vai trabalhar comigo’”, lembra, com uma risada.

 Levada pela Irmã Cleófa, Olívia conta que era seu trabalho auxiliar na ronda, apoiando a triagem e atendimento de pacientes.“Depois eu saí dessa sala e fui ajudar a schwester Prisca [Irmã Prisca Motzki] na Maternidade.”

Olívia Weber relembrou as histórias como parteira na Maternidade nos anos 1940

Primeiro parto no Regina

 Jovem e preparada para o seu primeiro parto no hospital. Olívia diz que estava apreensiva, mas foi sem receio, aos 18 anos, receber seu primeiro ‘neni’ no Regina. “A dona Paulina [parteira Paulina Bauer] estava na sala de parto com uma e a outra gestante estava no quarto. Era o quarto 42, lembro como se fosse hoje. A mulher me chamou ali e disse: ‘olha o neni, vem vindo, cadê a dona Paulina?’ Eu disse:‘ está na sala, atendendo um parto.’ O nenê já estava pronto, a luz estava acesa, daí eu disse: ‘então chega pra lá para eu ver.’ Pensei: uma sai, a outra entra. Aí ela gritou: ‘Olívia, ligeiro que vem vindo.’ Eu já tinha olhado tudo na cama então respondi: ‘vamos botar esse nenê no mundo.’

E fora os sons da criança, o quarto era só silêncio brinca a parteira. “Dona Paulina chegou lá e falou: ‘ué, o nenê já nasceu?’ E eu fiquei bem quietinha, não disse nem A nem B. A mãe ficou quieta também”, comenta, entre risadas. Olívia conta que aprendeu bastante com Paulina, a parteira titular da época.  

 Pano branco para avisar a hora do parto

 Foram 19 anos trabalhando na Maternidade, sempre buscando inovar. Morando de frente à portaria principal do Hospital Regina, a parteira estreitava a comunicação com o atendimento do hospital em uma época sem Internet ou smartphones e que era urgente avisar que uma mulher estava em trabalho de parto.

 “Muitas vezes a irmã botava um pano branco lá em cima, na sacada, quando não tinha tempo para avisar a gente. Eu sempre olhava, e quando via aquele pano sabia que tinha que ir pra lá”, relembra.

 

“O Regina é a minha casa”

 Foram tantas histórias e bebês recebidos, que Olívia conta que chegou a atender a 100 partos em um mês. “E eu estava solita. E já grávida do Vitor.”

 Foram várias as noites em que a senhora – vai que completar 97 anos em março – deixou de dormir bem para atender mamãe e bebê. “Eu disse uma vez: ‘gurias, vou deitar no 36.’ Mal estava deitada e já ouvia: ‘Olívia tem outra gestante.’ Eu deixava a cama desarrumada para voltar depois eia. Na volta pensava, agora chega, vou dormir. E chegava mais uma”, destaca.

Mas nem mesmo toda correria e cansaço tiravam a animação de dona Olívia e sua grata sensação de dever cumprido. Na opinião da parteira, era como renascer a cada novo bebê que trazia ao mundo. “O Regina é a minha casa. É como se eu tivesse nascido ali.”

 

Lado a lado com quem fez história

Em seus anos de história pelo Regina, Olívia conta que fez muitos amigos, como o Dr. Wolfram Metzler e o Dr. Casemiro Konazewski, ajudante à época do conceituado Dr. Magalhães Calvet, chefe do Posto de Higiene do Hospital Regina em 1949. Neste ano, também trabalhavam no Hospital Regina, Dr. Ariberto Snel, Dr. Eugênio Adams e seu irmão Dr. Léo Adams, Dr. Emílio Hauschild, entre outros. Das cidades vizinhas vinham trabalhar no Regina o Dr. Bruno Kraemer, de Dois Irmãos, e Dr. Lauro Réus, de Campo Bom, entre outros profissionais que fizeram história no Vale do Sinos.

 “O Dr. Metzler me sujava às vezes quando estava na sala, ele pegava a veia assim e fazia ‘schuuu’. A ‘schwester’ Cleófa estava lá e xingava muito: ‘doutor, o que é isso? Ela vai ter que descer lá embaixo para buscar outro avental limpo e botar.’ E além de limpo eu tinha que torcer para estar passado, porque tinha que estar bem passado”, relembra Olívia.

A parteira ri das histórias contadas pelo Dr. Léo Adams, que foi um dos gestores do hospital, e Dr. José Theodoro Dillenburg, além de destacar o quanto aprendeu com eles. “Dr. Casemiro uma vez estava de ronda, e fazia pontos quando chegavam os feridos, pois na época ainda não tinha o Geral[Hospital Municipal de Novo Hamburgo]. Me chamava de ‘freund’, amiga em alemão, e dizia: ‘dá os pontos que amanhã eu vou olhar.’ Ele voltou, viu e falou: ‘está muito bom, agora pode ir para casa.’”

Olívia ia e voltava bem cedo no dia seguinte. Como disse, se orgulhava de ter o Regina como sua segunda casa. E o Hospital Regina, de 1930 até os dias de hoje, segue assim: cuidando bem de pessoas, desde antes delas nascerem.

1. O que é o Coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Este provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus.

2. Quais são os sintomas do coronavírus?

Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. 

Os principais são sintomas conhecidos até o momento são:
• Febre;
• Tosse;
• Dificuldade para respirar.

3. Devo procurar atendimento médico?

Se você não apresenta qualquer sinal da doença, principalmente respiratória como febre, tosse e dificuldade em respirar, não há necessidade de realização de exame para COVID-19 ou atendimento médico via emergência. Procure observar o aparecimento dos sintomas e tente restringir ao máximo suas atividades sociais.

4. Quem tem mais risco de desenvolver sintomas mais graves da doença?

Pessoas idosas e pessoas com doenças pré-existentes (como hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares) são mais propensas a desenvolver a forma mais grave da COVID-19.

5. Como o coronavírus é transmitido?

As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo.

Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
 
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;
• Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
• Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

6. Qual o período de incubação do coronavírus?

Período de incubação é o tempo que leva para os primeiros sintomas aparecerem desde a infecção por coronavírus, que pode ser de 2 a 14 dias.

7. Qual o período de transmissibilidade do coronavírus?

De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas. É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o coronavírus.

Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.

8. Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
• Evitar contato próximo com pessoas doentes;
• Ficar em casa quando estiver doente;
• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
• Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência;
• Evite lugares com aglomeração de pessoas.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

9. Como é feito o tratamento do coronavírus?

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:

• Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos);
• Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse.

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 07 dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).

10. Como é feito o diagnóstico do coronavírus?

O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus.
As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.

Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito. 

Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar).

11. O que devo fazer se visitei ou tive contato com pessoa que visitou recentemente um país que registrou casos da doença?

Se você não apresenta qualquer indicação de doença respiratória como febre, tosse e dificuldade em respirar, não há necessidade de realização de exame para COVID-19 ou atendimento médico via emergência. Procure observar o aparecimento dos sintomas e tente restringir ao máximo suas atividades sociais.

12. Existe algum caso de COVID-19 confirmado no Brasil?

Segundo boletim do Ministério da Saúde, existem casos da doença confirmados no Brasil. O número de casos confirmados é atualizado diariamente pelo Ministério da Saúde no endereço eletrônico http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/

13. Há algum risco de que animais de estimação espalhem o vírus?

Não. Mesmo na China, onde o vírus está circulando, não se sabe de casos em que animais domésticos tenham sido responsáveis pela transmissão do vírus.

FONTE: Ministério da Saúde
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