23.11.22

Diabéticos precisam de atenção especial às feridas

Novembro Azul é mês de atenção a este grupo de pacientes

Com sintomas muito leves no início, quase imperceptíveis ou mesmo confundidos com outras patologias, a diabetes é uma doença crônica e, desta forma, demanda um acompanhamento médico frequente. É causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo.

Porém, neste Novembro Azul, mês de prevenção e alerta da diabetes, é preciso lembrar que o controle da glicose no sangue é apenas um dos cuidados deste paciente. O enfermeiro da Equipe de Referência em Curativos (ERC) do Hospital Regina, Gabriel Teixeira, ressalta que nos diabéticos é necessária atenção também às feridas que demoram a cicatrizar.

Mas quando buscar ajuda de um profissional de saúde? “Quando esse ferimento começar a apresentar sinais de que está com infecção. Como cheiro ruim, vermelhidão local, inchaço, exsudato purulento (pus), necrose (tecido preto ou amarelado). Deve buscar imediatamente ajuda em uma unidade de saúde”, destaca.

O servidor público municipal Isac Centurião Machado, 53 anos, é hoje atendido pelo ERC no Regina. Ele descobriu a diabetes em 1999. O morador de Novo Hamburgo conta que recebeu o diagnóstico depois de uma fratura no tornozelo que o levou a uma cirurgia. Nos exames preparatórios, a glicose alta chamou a atenção dos médicos.

 Isac conta que a partir daí começou a fazer o acompanhamento da diabetes, mas não em sua totalidade nesta fase inicial. Sentindo-se bem, não se importou com um pequeno machucado no pé que não cicatrizava. “Foi um ferimento simples, uma rachadura de calcâneo, infeccionou, daí abriu e não fechou mais. Não procurei tratamento logo, depois que infeccionou não deu, foi uma luta por um tempo até ter que amputar”, cita o paciente. Isac teve que amputar a perna esquerda até próximo do joelho.

A outra perna também foi acometida pela infecção e Isac teve que amputar o pé direito. “Aí eu comecei aqui com o Gabriel, que é especialista, e deu jeito. Ele chegou e me deu uma esperança, me disse que conseguia fechar a ferida e eu acreditei. A gente fica mais contente, mais tranquilo”, conta o servidor que recebe este atendimento ambulatorial no Regina desde outubro de 2021. 

Isac segue em tratamento no ERC e deve ter alta em breve. Ele lembra que a ferida não é algo para ser deixado de lado, principalmente entre os homens. “O homem é mais medroso que a mulher, tem medo de ir fazer os exames e descobrir que tem uma coisinha mais grave daí vai protelando. Agora estou bem encaminhado, estou tranquilo”, diz.

Isac é atendido pelo enfermeiro Gabriel da ERC, do Hospital Regina

Dificuldade de cicatrização

Uma das principais questões ligadas ao diabetes refere-se à dificuldade de cicatrização. Porém, o enfermeiro alerta que a regra não é para todos os diabéticos. “O que irá determinar a dificuldade na cicatrização é se o paciente não tiver a glicemia controlada. Caso ele esteja descompensado, irá afetar sim na cicatrização. Isso acontece devido ao entupimento dos pequenos vasos sanguíneos com a deposição de glicose na parede dessas artérias. As feridas que se encontram nos pés, principalmente, não irão receber sangue e consequentemente irá ocorrer uma dificuldade na cicatrização. Pois com o sangue, vem oxigênio, vitaminas e proteínas, que são fundamentais para criação do novo tecido”, detalha.

 

Ferida tem que respirar? Não!

Esqueça aquele velho mito de que a ferida aberta tem que estar exposta para “respirar”. Gabriel traz o passo a passo do que fazer em caso do diabético sofrer um pequeno corte em casa.

 “Primeira coisa é entender que tipo de ferimento foi e a localização dessa lesão. Nesse primeiro momento, deve ser feito a limpeza com soro fisiológico 0,9% no ferimento. Não pode aplicar iodo, água oxigenada, clorexidina ou álcool, pois ressecam a ferida e destroem o tecido sadio, além da possibilidade de alergia. O ideal é manter a ferida hidratada. Após a limpeza, aplicar uma gaze por cima do ferimento e fechar com micropore ou atadura”, explica.

Sensibilidade nos extremos reduzida

Outra observação importante entre as pessoas com diabetes é a sensação de que a sensibilidade das mãos e dos pés parece reduzida. Assim, a vó pode queimar a mão na panela quente sem perceber na hora, ou o prego pequenino cravar no calcanhar do tio e ele não sentir neste primeiro momento.

O enfermeiro do ERC ressalta que este mecanismo da sensibilidade também é resultado da ação da diabetes no organismo. “Os nervos periféricos são responsáveis por levar as informações que saem do cérebro e as que chegam até ele, além de sinais da medula espinhal para o resto do corpo. Os danos a esses nervos, condição chamada de neuropatia periférica, fazem com que esse mecanismo não funcione bem. A diabetes é a causa mais comum da neuropatia periférica e é responsável por cerca de dois terços das amputações não-traumáticas (que não são causadas por acidentes e fatores externos)”, define.

O controle inadequado da glicose, nível elevado de triglicérides, excesso de peso, tabagismo, pressão alta, o tempo em que você convive com a diabetes e a presença de retinopatia e doença renal são fatores que favorecem a progressão desta neuropatia, acrescenta Gabriel.

“Tanto as alterações nos vasos sanguíneos quanto as alterações no metabolismo podem causar danos aos nervos periféricos. A glicemia alta reduz a capacidade de eliminar radicais livres e compromete o metabolismo de várias células, principalmente dos neurônios. Os principais sinais são: dor contínua e constante; sensação de queimadura e ardência; formigamento; dor espontânea que surge de repente, sem uma causa aparente; dor excessiva diante de um estímulo pequeno, por exemplo, uma picada de alfinete. Ao mesmo tempo, em uma segunda etapa dessa complicação, pode haver redução da sensibilidade das mãos e dos pés. Daí o risco de haver uma queimadura e você não perceber em tempo.”

Micoses devem ser tratadas

 Quando falamos nos cuidados especiais em relação às feridas, especialmente nos pés, é preciso lembrar que as micoses também são portas de entrada para infecções no organismo. “Se não forem diagnosticadas e tratadas corretamente, essa infecção pode se alastrar atingindo tecidos mais profundos, ossos e pode entrar na corrente sanguínea, evoluindo para um quadro séptico e ocasionando, em algumas situações, óbito. Então caso observe algum sinal de fungo nas unhas ou na pele, deve procurar ajuda de um profissional de saúde para promover o diagnóstico e o tratamento correto”, alerta o especialista. 

Pés e mãos são as primeiras partes do corpo afetadas pela diabetes, acrescenta Gabriel. “Todos os dias o diabético deve olhar para essas regiões do corpo em busca de sinais de infecção, calosidade, fungo nas unhas, rachaduras, frieiras. Não pode andar descalço devido à perda da sensibilidade nos pés, e deve utilizar meias brancas e sem costuras, pois caso ocorra algum sangramento conseguirá visualizar na meia.” 

O enfermeiro Gabriel ressalta que, associados aos tratamentos, a rotina do diabético deve ser aliada a uma alimentação variada e equilibrada, atendendo às necessidades nutricionais, hábitos e preferências individuais. A par da alimentação, a prática regular de exercício físico é crucial no tratamento da diabetes.

1. O que é o Coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Este provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus.

2. Quais são os sintomas do coronavírus?

Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. 

Os principais são sintomas conhecidos até o momento são:
• Febre;
• Tosse;
• Dificuldade para respirar.

3. Devo procurar atendimento médico?

Se você não apresenta qualquer sinal da doença, principalmente respiratória como febre, tosse e dificuldade em respirar, não há necessidade de realização de exame para COVID-19 ou atendimento médico via emergência. Procure observar o aparecimento dos sintomas e tente restringir ao máximo suas atividades sociais.

4. Quem tem mais risco de desenvolver sintomas mais graves da doença?

Pessoas idosas e pessoas com doenças pré-existentes (como hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares) são mais propensas a desenvolver a forma mais grave da COVID-19.

5. Como o coronavírus é transmitido?

As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo.

Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
 
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;
• Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
• Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

6. Qual o período de incubação do coronavírus?

Período de incubação é o tempo que leva para os primeiros sintomas aparecerem desde a infecção por coronavírus, que pode ser de 2 a 14 dias.

7. Qual o período de transmissibilidade do coronavírus?

De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas. É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o coronavírus.

Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.

8. Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
• Evitar contato próximo com pessoas doentes;
• Ficar em casa quando estiver doente;
• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
• Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência;
• Evite lugares com aglomeração de pessoas.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

9. Como é feito o tratamento do coronavírus?

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:

• Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos);
• Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse.

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 07 dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).

10. Como é feito o diagnóstico do coronavírus?

O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus.
As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.

Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito. 

Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar).

11. O que devo fazer se visitei ou tive contato com pessoa que visitou recentemente um país que registrou casos da doença?

Se você não apresenta qualquer indicação de doença respiratória como febre, tosse e dificuldade em respirar, não há necessidade de realização de exame para COVID-19 ou atendimento médico via emergência. Procure observar o aparecimento dos sintomas e tente restringir ao máximo suas atividades sociais.

12. Existe algum caso de COVID-19 confirmado no Brasil?

Segundo boletim do Ministério da Saúde, existem casos da doença confirmados no Brasil. O número de casos confirmados é atualizado diariamente pelo Ministério da Saúde no endereço eletrônico http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/

13. Há algum risco de que animais de estimação espalhem o vírus?

Não. Mesmo na China, onde o vírus está circulando, não se sabe de casos em que animais domésticos tenham sido responsáveis pela transmissão do vírus.

FONTE: Ministério da Saúde
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