22.9.20

Setembro Verde: alerta para o câncer colorretal

Doença vem crescendo e pode ser evitada e detectada de forma precoce

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, está entre os mais incidentes no Brasil e no mundo. De acordo com dados de 2018 da OMS, considerando a população mundial, ele é o terceiro câncer com maior incidência nos homens (após próstata e pulmão) e segundo maior nas mulheres (após mama).

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima para o Brasil no triênio 2020-2022 cerca de 20.520 novos casos de câncer colorretal em homens e 20.470 em mulheres a cada ano. Os valores correspondem a um risco estimado de 19,63 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres.

Estes números demonstram a importância da realização de um trabalho de prevenção. Pensando nisso foi criado no Brasil o Setembro Verde, com o objetivo de chamar a atenção e conscientizar a população sobre o câncer colorretal com o intuito de promover a busca pelo rastreamento da doença precoce.  Nesse sentido, o médico gastroenterologista Alexandro de Lucena Theil, coordenador médico do Serviço de Endoscopia do Hospital Regina, esclarece as principais dúvidas sobre o câncer, com o objetivo de conscientizar a população:

Quais são os fatores de risco e quais pessoas devem buscar atendimento para o rastreamento?

Devem realizar exames de rastreamento aquelas que apresentam algum fator risco para o desenvolvimento da doença. Existem diversos fatores conhecidos, entretanto os mais comuns é que devem ser destacados para a população. A idade acima de 50 anos é o maior fator de risco para desenvolvimento esporádico do câncer, inclusive há uma tendência da taxa de incidência ser maior em homens do que mulheres. É importante também destacar o histórico familiar de câncer colorretal ou de síndromes polipóides familiares, história pessoal de outros tipos de câncer (principalmente as mulheres com histórico de câncer de mama e ovário), portadores de doenças intestinais inflamatórias e pessoas submetidas a tratamento de radioterapia abdominal ou pélvica. Existem outros fatores menos comuns que podem ser avaliados individualmente com um médico assistente para indicar se existe ou não risco.

Quais são os sinais e sintomas?

Um dos principais sinais de alerta para a doença é a presença de sangue nas fezes. Nem todo sangue visualizado nas fezes é um indicativo de câncer, porém sempre que ocorre é fundamental realizar uma avaliação médica. Alterações no funcionamento do hábito intestinal, como constipação de início recente, dores ou cólicas abdominais e dores na região anal são outros sintomas a serem observados. Vale lembrar que muitas vezes o início da doença é de forma assintomática e silenciosa, por isto ressalta-se a importância da prevenção. Se ocorrer algum destes sinais ou sintomas, procure seu médico assistente e se possível um especialista gastroenterologista ou coloproctologista para receber a devida orientação.

Como surge um câncer de Intestino?

Na maioria das vezes o câncer colorretal surge através de lesões tumorais que acometem a parede do intestino grosso, no cólon e no reto. Quando surgem estas lesões, às quais chamamos de pólipos, possuem alterações ainda consideradas benignas. É através da identificação destas lesões e da sua retirada que conseguimos promover a prevenção.  Importante destacar que quando é visualizado um pólipo, na maioria das vezes não é um câncer, entretanto, se este pólipo permanecer no intestino, ele pode ao longo dos anos ter uma modificação celular, evoluir para malignidade e realmente tornar-se um câncer.

Como se previne ou se detecta o câncer?

Existem alguns exames que permitem suspeitar ou identificar o câncer. O exame mais eficaz e com maior sensibilidade é a colonoscopia. É através dela que podemos identificar os pólipos e realizar a sua retirada; esta é a verdadeira prevenção! Também é através deste exame que podemos identificar o câncer já estabelecido de forma precoce, pois quando detectado em fase inicial é possível realizar tratamentos com intenção curativa.

É preciso desmistificar o exame de colonoscopia?

Sim. O exame de colonoscopia, quando realizado por médicos especializados e em centros de referência em endoscopia, é um exame seguro. Existem alguns temores na população para realizar o procedimento, seja por receio de ter dor, desconforto ou até mesmo vergonha. Este exame é realizado sob sedação, que é uma modalidade de anestesia e que promove conforto ao paciente, tornando um procedimento seguro e indolor. Portanto, não se deve ter receio de realizá-lo, as pessoas devem sentir-se tranquilas e seguras.

Quais tratamentos existem para o câncer colorretal ?

Ao identificar-se um câncer, deve-se avaliar de forma breve a possibilidade de tratamento cirúrgico, seja por videolaparoscopia ou via aberta convencional. Por vezes, apenas o tratamento cirúrgico será necessário, mas há casos que necessitam complementar o tratamento com quimioterapia e, eventualmente, radioterapia. Mesmo nos casos em que é necessário estender o tratamento com quimioterapia, é possível alcançar a cura da doença. Cada caso sempre é avaliado de forma individual, por isso a conscientização da população para o Setembro Verde é muito importante, pois é através do rastreamento que conseguimos prevenir o câncer e, na eventualidade de um diagnóstico, realizar tratamentos com intenção curativa.

Existem medidas de prevenção além de exames de rastreamento?

Sim. A prevenção é a melhor maneira de evitar esta e outras doenças. Hábitos saudáveis são sempre bem-vindos. Se considerarmos que o consumo excessivo de carnes vermelhas e gorduras saturadas, além de doenças como obesidade e diabetes são fatores de risco para o câncer colorretal, uma dieta saudável aliada a atividades físicas aeróbicas regulares é um ótimo começo para prevenção. Existem estudos observacionais que apontam que exercícios físicos regulares são protetores para diversas doenças, inclusive o câncer colorretal. Não podemos esquecer de que o consumo excessivo de álcool e principalmente o tabagismo são hábitos desaconselhados e que são comprovados como fatores de risco para este tipo de câncer. Não se esqueça de ter uma dieta e uma vida saudável, tire um tempo para você mesmo, procure uma nutricionista e comece a se exercitar.

Se você possui algum fator de risco, procure seu médico assistente e, se possível, um médico especialista gastroenterologista ou coloproctologista para aconselhamento e orientações. Previna-se!

1. O que é o Coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Este provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus.

2. Quais são os sintomas do coronavírus?

Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. 

Os principais são sintomas conhecidos até o momento são:
• Febre;
• Tosse;
• Dificuldade para respirar.

3. Devo procurar atendimento médico?

Se você não apresenta qualquer sinal da doença, principalmente respiratória como febre, tosse e dificuldade em respirar, não há necessidade de realização de exame para COVID-19 ou atendimento médico via emergência. Procure observar o aparecimento dos sintomas e tente restringir ao máximo suas atividades sociais.

4. Quem tem mais risco de desenvolver sintomas mais graves da doença?

Pessoas idosas e pessoas com doenças pré-existentes (como hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares) são mais propensas a desenvolver a forma mais grave da COVID-19.

5. Como o coronavírus é transmitido?

As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo.

Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
 
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;
• Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
• Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

6. Qual o período de incubação do coronavírus?

Período de incubação é o tempo que leva para os primeiros sintomas aparecerem desde a infecção por coronavírus, que pode ser de 2 a 14 dias.

7. Qual o período de transmissibilidade do coronavírus?

De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas. É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o coronavírus.

Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.

8. Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
• Evitar contato próximo com pessoas doentes;
• Ficar em casa quando estiver doente;
• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
• Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência;
• Evite lugares com aglomeração de pessoas.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

9. Como é feito o tratamento do coronavírus?

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:

• Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos);
• Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse.

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 07 dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).

10. Como é feito o diagnóstico do coronavírus?

O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus.
As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.

Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito. 

Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar).

11. O que devo fazer se visitei ou tive contato com pessoa que visitou recentemente um país que registrou casos da doença?

Se você não apresenta qualquer indicação de doença respiratória como febre, tosse e dificuldade em respirar, não há necessidade de realização de exame para COVID-19 ou atendimento médico via emergência. Procure observar o aparecimento dos sintomas e tente restringir ao máximo suas atividades sociais.

12. Existe algum caso de COVID-19 confirmado no Brasil?

Segundo boletim do Ministério da Saúde, existem casos da doença confirmados no Brasil. O número de casos confirmados é atualizado diariamente pelo Ministério da Saúde no endereço eletrônico http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/

13. Há algum risco de que animais de estimação espalhem o vírus?

Não. Mesmo na China, onde o vírus está circulando, não se sabe de casos em que animais domésticos tenham sido responsáveis pela transmissão do vírus.

FONTE: Ministério da Saúde
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