Para ser um doador, são necessárias três etapas simples. O interessado deve procurar um hemocentro com documento de identidade em mãos, assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), e preencher uma ficha com informações pessoais e ceder uma pequena de sangue para análise de compatibilidade. Após, os dados pessoais e o tipo de HLA são incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) e, quando houver um paciente com possível compatibilidade, o doador é consultado para decidir quanto à doação.
Para realizar um transplante de medula óssea é necessário que haja compatibilidade entre receptor e doador. Porém, quando não são encontrados doadores na família, é buscado doadores da população. Por isso existe o REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) que faz a busca de doadores cadastrados no mundo todo.
O transplante de medula óssea é uma transfusão venosa do material coletado do doador para o paciente que precisa do transplante.
A medula se regenera em 15 dias após a doação. Caso seja encontrado um novo paciente compatível, o processo pode ser repetido após esse período. Em resumo, um único doador pode ajudar muitas pessoas.
A recomendação médica é três dias de repouso. Como a doação é prevista em lei, dá para se ausentar do trabalho e receber atestado médico, dependendo do estado de recuperação.
A medula óssea é diferente da medula espinhal. A medula óssea é um tecido localizado no interior dos ossos, enquanto a medula espinhal é formada de tecido nervoso e está dentro da coluna vertebral. A medula óssea é retirada do interior dos ossos da bacia.
O doador precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde. Isso significa que ele não pode ter doença infecciosa ou incapacitante, nem apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Nem todas as complicações de saúde são impeditivas para doação, mas cada caso é analisado de forma individual.
O banco de dados dos doadores é universal. Isso significa que, caso não seja encontrado doador compatível com o paciente no Brasil, a doação pode ser realizada por outra pessoa cadastrada em qualquer lugar do mundo.