5/16/2022

Retomada de visitas a pacientes intensifica cuidados para controlar a infecção hospitalar

UTI Neonatal do Hospital Regina zerou ocorrências de infecção, mesmo durante a pandemia.

Durante a pandemia de Covid-19 e o aumento no número de pacientes internados, o desafio de controlar as taxas de infecção hospitalar, ou Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, ficou ainda maior para os profissionais de saúde. Com o fim do decreto de emergência sanitária, anunciado pelo Ministério da Saúde em abril, e a retomada das visitas aos pacientes internados, alguns cuidados são essenciais para controlar a disseminação de infecção no ambiente hospitalar.

Um estudo realizado com as comissões de prevenção e controle de infecção (CCIH) da University of Iowa Hospital and Clinics dos EUA, que atende 36 mil pacientes por dia, mostrou que as solicitações a esses grupos aumentaram em 500% entre2018 e 2020. As unidades de internação foram as que mais realizaram chamadas (cerca de 50%)para as comissões durante a pandemia de Covid-19. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 14% das internações do país registram a ocorrência de  Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, que corresponde a qualquer tipo de infecção contraída pelo paciente dentro do hospital.

 

O Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares, comemorado no dia 15 maio, instituído pela Lei nº 11.723, é uma boa oportunidade para disseminar boas práticas e evitar a contaminação nos hospitais.

 

Hospital Regina conseguiu zerar a infecção hospitalar na UTI Neonatal por 300 dias seguidos

O Hospital Regina é referência em Tratamento Intensivo Neonatal no estado. Com medidas rígidas de controle, a Unidade, que conta com 08 leitos, tem apresentado excelentes taxas de controle de infecção, mesmo durante a pandemia:

 

-300 dias sem infecção de corrente sanguínea, entre junho de 2021 até abril de2022;

-630 dias sem pneumonia associada à ventilação mecânica, entre agosto de2020 e abril de 2022;

- Consumo diário de 60 mL paciente/dia de álcool em gel 70% para a higienização demãos, enquanto o indicado pela Organização Mundial da Saúde é de um consumo mínimo de 20 mL paciente/dia.

De acordo com o Enfermeiro do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar(SCIH) da Instituição, Vinicius Dieder, as práticas de controle adotadas diariamente na rotina do Hospital fazem a diferença na concretização desses resultados. “Entre as medidas que adotamos estão às capacitações frequentes e treinamentos contínuos realizados entre as equipes; a presença diária do SCIH nas alas e execução de ações específicas sobre a meta internacional de lavagem de mãos, o principal foco do controle de infecções hospitalares”, ressalta o profissional.

 

O Hospital Regina atenta para o papel da comunidade na manutenção desses bons resultados, com algumas medidas que devem também ser praticadas pelos acompanhantes e visitantes dos pacientes. Conforme o médico infectologista Ricardo Siegle, responsável pelo serviço, é essencial que toda a comunidade hospitalar, como pacientes, cuidadores e acompanhantes exerçam seus direitos e deveres. “Além de cuidados próprios, eles podem e devem estar atentos e fiscalizar as práticas junto aos profissionais de saúde, como a higiene das mãos antes de realizar um procedimento ou administrar algum medicamento, por exemplo”, orienta Ricardo.

 

Confira a seguir as medidas de prevenção de infecção hospitalar que podem ser adotadas por acompanhantes e pacientes, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS):

 

- Higienizar bem as mãos, com água e sabão ou álcool em gel 70%, ao entrar no hospital;

- Evitar levar alimentos ou objetos externos para os quartos;

- Não manipular materiais e equipamentos hospitalares;

- Não sentar na cama do paciente;

- Não fazer uso do mesmo banheiro utilizado pelo paciente.