O Dia Mundial do Lúpus, comemorado em 10 de maio, chama a atenção para o impacto que o lúpus tem sobre as pessoas, enfocando a necessidade de melhorar os serviços de saúde para o paciente; aumentar a pesquisa sobre suas causas e sua cura; diagnosticar e tratar precocemente a doença; melhorar os dados epidemiológicos em nível global e obter mais recursos para acabar com o sofrimento causado por essa doença que atinge mais de cinco milhões de pessoas.
São dois tipos mais comuns: o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e o Lúpus Discoide ou cutâneo. O LES é uma doença auto-imune, crônica, de causa desconhecida, que atinge principalmente mulheres dos 15 aos 35 anos de idade, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária. Pode afetar além da pele, órgãos como articulações, coração, rins e pulmões. “As queixas mais frequentes são o mal-estar, febre, fadiga, dores articulares, emagrecimento e falta de apetite, as quais podem anteceder outras alterações por semanas ou meses, além da sensibilidade ao sol. Os pacientes podem sentir dor articular ou muscular leve e apresentar manchas vermelhas na pele. O tipo de lesão mais conhecida é asa de borboleta, que é uma vermelhidão na pele que atinge, na maioria dos casos, as regiões malares e dorso do nariz”, explica o médico Adriano Barbiero, reumatologista do Hospital Regina.
Já o Lúpus Discóide começa com uma escamação sobre a mancha avermelhada. Com o passar do tempo a zona central atrofia e a pele perde a cor, ficando uma cicatriz que pode ser bastante desagradável. Neste caso, a queda de cabelo é muito frequente, entre outras lesões como úlceras orais.
Mesmo havendo protocolos internacionais para o tratamento do Lúpus, cada paciente tem a sua história e os resultados são individuais. “O tratamento do lúpus não é um esquema pronto para ser executado e as características de cada caso ditarão o que se deve fazer. Os medicamentos utilizados podem provocar efeitos colaterais importantes e devem ser manejados por profissionais experientes. Os pacientes devem estar alertas para os sintomas da doença e para as complicações que, embora raras, podem aparecer. Se forem prontamente manejadas é muito mais fácil solucioná-las”, reforça o médico.
O controle de comorbidades como hipertensão, dislipidemia e diabetes, que muitas vezes são secundárias aos tratamentos para o próprio Lúpus, também é importante. Caso identifique algum sintoma sugestivo, procure um médico especialista.